A respiração é um componente fundamental da prática de meditação e de posturas de yoga.

A respiração tem uma associação forte com a energia vital (prana). O fluir da respiração afeta a circulação de energia vital pelo corpo do praticante.

Uma respiração profunda e tranquila torna o fluxo de prana mais tranquilo e coerente e permite aumentar a concentração.

Há milhares de nadiis (canais de energia vital) no corpo humano. Os 3 mais relevantes para a prática de meditação são:

  • ida nadii: começa na base da coluna e termina na narina esquerda. Quando a narina esquerda está mais livre que a direita este nadii está predominante. Esta altura é ideal para fazer ásanas (posturas de yoga), meditação e atividades mentais.
  • pingala nadii: começa na base da coluna e termina na narina direita. Quando a narina direita está mais livre que a esquerda este nadii está predominante. É a melhor altura para comer comida sólida ou atividades mais físicas.
  • susumna nadii: começa na base da coluna e termina no sahasrara cakra (centro de energia no topo da cabeça).

Ao longo do percurso destes nadiis encontram-se os principais cakras, centros de energia subtil, que regulam o funcionamento do corpo e mente.

Os yogis caracterizam o potencial latente do ser humano como uma força, chamada kundalini, que está dormente na base da coluna. Esta força ao despertar sobe pelo susumna nadii e passa pelos cakras que se situam ao longo da coluna. À medida que a kundalini sobe diferentes estados de consciência expandida são vivenciados pelo praticante.

O objectivo da prática de meditação á a elevação da kundalini até ao sahasrara cakra, o centro de energia no topo da cabeça. Os yogis chamam a este estado nirvikalpa samadhi, ou estado de absorção na Consiência Universal.

A kundalini é simbolicamente representada como uma cobra enrolada no primeiro cakra, que ao despertar sobe até ao cakra no topo da cabeça. Esta imagem é uma metáfora para a vigorosa luta do praticante contra suas limitações e apegos e ao seu estabelecimento no estado de transcendência da individualidade.